Os diferentes tipos de escoliose: idiopática, congênita e neuromuscular

A Escoliose é um encurtamento da coluna causado por uma curvatura lateral. Normalmente, a coluna vertebral é reta e alinhada. Quando o paciente tem escoliose, a coluna acaba fazendo uma curva para um dos lados, em forma de “C” ou “S”, que pode causar problemas ao paciente.

Essa deformidade faz com que, eventualmente, um dos ombros fique mais alto. A escoliose é uma patologia visível, bastante comum e acomete principalmente adolescentes.

Em seu estágio inicial, a escoliose pode ser silenciosa. Mas quando se manifesta, no entanto, a doença apresenta assimetria e desnivelamento dos ombros e quadris, costelas com alturas diferentes, dificuldade para manter o equilíbrio ou a postura, inclinação do corpo inteiro para um lado e dores na coluna (principalmente em adultos).

Os diferentes tipos de escoliose: idiopática, congênita e neuromuscular

Causas 

A Escoliose costuma ter diversas origens e é classificada segundo a causa de sua formação. Pode ser dividida em:

Idiopática: é o tipo mais comum e sem causa conhecida.

Congênita: presente desde o nascimento, a escoliose congênita é definida por problemas com a formação ou fusão dos ossos da coluna.

Neuromuscular: causada por uma anomalia dos músculos ou nervos, gerando descontrole e fraqueza dos músculos em crianças.

Outras possibilidades incluem paralisia cerebral, distrofia muscular, atrofia muscular espinhal e tumores.

O que é Escoliose Idiopática?

O tipo mais comum de escoliose é o idiopático. No Brasil, 6 milhões de pessoas convivem com essa condição, prevalente principalmente em adolescentes do sexo feminino – devido ao estirão do crescimento, é nessa etapa da vida em que o problema costuma ser diagnosticado.

Sem causas definidas, a escoliose idiopática pode ser identificada pelo desvio aparente na coluna e também por outros sintomas, como desalinhamento dos ombros, diferenças entre os lados na cintura e nos quadris, além de queixas de desconforto. Afeta a qualidade de vida e autoestima do paciente.

Pode ser classificada de acordo com a idade em que se desenvolve:

  • Infantil (de 0 a 3 anos)
  • Juvenil (de 4 a 9 anos)
  • Adolescente (de 10 a 18 anos)
  • Adulto (após 18 anos)

Mas nem sempre a curvatura da coluna ou demais sintomas da enfermidade são perceptíveis, o que retarda a procura por ajuda médica.

Dependendo das particularidades de cada caso, recomenda-se exercícios supervisionados por um fisioterapeuta, uso de colete ortopédico ou cirurgia, a artrodese da coluna.

O procedimento cirúrgico realinha e promove a fusão das vértebras, e é indicado quando o paciente apresenta curvas de 45 graus ou mais. 

O que é Escoliose Neuromuscular?

A Escoliose Neuromuscular ocorre devido a problemas neurológicos ou musculares que afetam a capacidade do corpo de manter a coluna vertebral reta.

Entre esses problemas, estão:

Ela é caracterizada por uma curvatura anormal da coluna vertebral, resultado do desequilíbrio muscular e enfraquecimento da musculatura que suporta a coluna.

Essa curvatura pode ser progressiva e afetar a postura, a mobilidade e a função respiratória do indivíduo.

O tratamento desse tipo de escoliose pode incluir fisioterapia, uso de colete ortopédico e cirurgia, o que varia de acordo com a gravidade da curvatura e dos sintomas associados.

 O que é Escoliose Congênita?

Quando o paciente já nasce com a escoliose. A Escoliose Congênita surge na formação da coluna durante a gravidez, quando parte de uma ou mais vértebras não se formam completamente, ou as vértebras não se separam totalmente. Este tipo de escoliose pode estar associado com outras malformações congênitas.

Na escoliose congênita, a deformidade já pode ser visível desde o nascimento da criança, pois há uma malformação óssea congênita associada – mas em alguns casos podem não ser percebidas até a fase de crescimento. É mais frequente no sexo feminino. 

Existem três tipos de escoliose congênita:

  • Falha de formação: parte da vértebra não se forma.
  • Falha de segmentação: quando uma vértebra não se separa da outra durante o desenvolvimento e duas ou mais ficam grudadas.
  • Mistas: combina falha de formação e falha de segmentação. 

Essas malformações podem estar presentes em qualquer parte da coluna vertebral. Muitos casos não evoluem e sequer necessitam de tratamento. Tudo irá depender do número de malformações presentes, grau da curva, potencial de crescimento e exame clínico do paciente.

Entre as opções de tratamento estão alongamentos, fisioterapia ou órteses e, em casos mais graves, cirurgia. 

Somente um médico pode detectar a curvatura da coluna vertebral o mais cedo possível e recomendar o tratamento adequado. Agende sua consulta com o Dr. Fabiano Fonseca, especialista em Coluna!

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INFORMAÇÕES DO AUTOR:

Dr. Fabiano Fonseca Especialista em Cirurgia da Coluna

Formado em Medicina pela Faculdade de Medicina do ABC, possui especialização em cirurgia da coluna vertebral, medicina esportiva e nutrologia.
Registro CRM-SP nº 120927

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